sexta-feira, 5 de março de 2010

Veneza




-Eu preciso ir, não posso ficar mais aqui me desculpe. -Eu murmurei ressentida



Era minha fuga, não havia nenhum motivo para ficar, ou houvesse, mas ele não era forte o suficiente, era um sentimento de hora, já iria passar. Eu pelo menos desejava isso.



-Por favor, não faça isso fique, não vale a pena. Ele não vale a pena eu o conheço, muito bem. Ele está te fazendo fugir com ele, e irá te usar, logo após ele vai te deixar sozinha em um quarto de hotel, sem opção á não ser pedir, para voltar para casa. -ele disse levantando levemente as sobrancelhas, e deixando aquele conhecido vinco de preocupação em sua testa, e seus olhos verde musgo, estavam quase pretos. Raiva. Isso era estranho Zac nunca, eu digo nunca mesmo, se preocupava comigo. Nós nos odiávamos, ele só estava me ajudando a conquistar seu amigo, então em troca eu o ajudava nos estudos, era simples. Justo e simples.



-Eu não posso Zac, eu vou eu gosto dele mesmo, e ele gosta de mim, ele nunca faria isso. Esse não é o meu Camron. Pare de inventar coisas. Eu vou fugir com ele, vou ver o sol nascer ao seu lado, vou ver a lua cair enquanto ele me beija, vou sentir os ventos em meus cabelos, enquanto ele faz carinhos em mão, ele me ama, e.. hum eu o amo- Eu o amo? ah sim eu o amo.- Ér eu amo.



-Você queria convencer a si mesma também, que o ama? Porque a mim, você não convenceu, ele não te ama, e você não o ama. - Ele se aproximou de mim, e eu não tive forças de me afastar, ele falou olhando em meus olhos. Os olhos que me faziam delirar em meus sonhos. - Como você pode não entender? Ele nem ao menos te conhece Kate.- Ele colocou as mãos em meu rosto e eu as soltei rapidamente.



- Ele me conhece sim, muito bem. Mas afinal porque eu ainda estou aqui conversando com você? Eu não sou nada para você lembra? Tchau Zac até outro dia. -Eu suspirei e me virei, e eu vi a ultima vez a estrada de terra do caminho de minha casa ao bosque. Eu vivi ali toda minha infância, e eu estava agora fazendo a maior loucura da minha vida. E para fechar a confusão qu estava minha cabeça, ainda havia as palavras de Zac. E eu parei no meio da estrada para ouvir ultima vez, o que ele tinha a me falar.



-Não, ele não sabe. Camron não sabe como você fica ofegante quando você toma um susto, como pisca execivamente quando está confusa, como pressiona os braços para baixo quando está com frio, como sua boca se forma em um biquinho quando quer rir, ele não sabe o quanto sua risada faz bem, o quanto morde os lábios quando fica irritada, como você amarra seu cabelo em um rabo de cabelo auto, quando quer se concentrar, o quanto sua voz fica irresistível quando acorda, como fica desastrada com vergonha, o quanto..ér me desculpe eu falei demais. Pode ir Kate, ér eu.. hum me desculpe mesmo. Tchau.- Ele disse confuso, atordoado. Talvez eu tivesse ainda mais que ele, Zac nunca foi disso, ele era apenas era o Zac. E por mais que quisesse mentir, era sim o Zac. Era ele que eu queria que estivesse me beijando. Não havia outros. Nem o outro.



- Zac.. eu, hum eu não entendi, como você sabe tão bem de tudo isso?- Eu sabia, oh sim eu sabia, eu sempre sentia ele me observar, mas eu sempre preferi achar que era somente coisas de minha cabeça, mas agora tudo se clareou, como a luz da manha, alertando de um novo dia que vinha. Tudo foi clareando ainda mais, sua mudança de humor, seus olhares estranhos. Ele também gostava de mim?



- É muito simples, como você pode não saber Kate? É VOCÊ. O TEMPO TODO. É com você que eu penso as 24h por dia, com quem eu sonho. É você, só você. Eu invejo o Camron, eu invejo o meu melhor amigo o tempo inteiro. Ele te tem quando quiser, ele pode te beijar e esfregar isso em mim; E se ainda não estiver claro, eu te digo com todas as letras. Eu te amo, não como o Camron te ama, ele te ama de corpo, eu te amo de corpo e alma. Mas nem tudo é como agente pede. Então vá, vá logo. Eu acho que supero. Ficará tudo bem.- Eu paralisei no lugar, era isso, eu sentia a mesma coisa, eu invejava qualquer coisa que podia tocar seu rosto, qualquer coisa que ele levava a boca, qualquer pessoa que podia o ter.



E eu o vi saltar para sua moto, e cantar os pneus rua a fora, eu o perdi. Ele não ouviu a minha resposta. E eu corri eu vi a chuva cair, e a moto desaparecer na estrada. O que adianta agora era correr, Zac iria no único lugar, onde ele acha, mas só acha, que ninguém sabe que existe. Mas eu sei, ele era muito fácil de desvendar, ou eu era especialista no assunto Zac Astarouth.



Eu não sei de onde eu tirei a velocidade, de correr até o final do lado transversal do bosque. A noite já havia caído, e o celular apitava insistentemente em meu bolso. Camron. E eu sentia as grossas gotas de chuva ensoparem meu cabelo, e me fazerem bater o queixo levemente de frio. E o meu objectivo estava fácil. E ele estava ali começo da margem da cachoeira, sentado em um banquinho, com a cabeça apoiada nas mãos. Eu respirei fundo, meu celular parou de apitar, o vento soprou forte, e trouxe seu perfume para minhas narinas, e a onda de coragem dominou meu corpo.



- Talvez você não saiba.Mas as vezes é bom escutar algumas respostas, elas podem mudar o destino. - Murmurei em tom de riso.



Ele se virou, e eu consegui ver a forma de seu nariz anguloso, vi seus olhos brilhando, sua face ainda mais bonita diante a lua, e seu cabelo encharcado, assim como suas e minhas roupas.



- Você deveria estar a caminho de Veneza agora se lembra? - Ele estava ressentido. Veneza oh Veneza, e me mataria para ir a Veneza, não fugindo como seria, mas Veneza é a segunda cidade dos sonhos. E eu estava deixando meu sonho aqui.



-Eu iria para Veneza se eu tivesse motivos suficientes para isso, e se eu fosse com a pessoa certa.- Me sentei ao seu lado, e olhei novamente em seus olhos.



-Camron é a pessoa certa lembra? - Ele disse com um certo sarcasmo na voz.



- Você é a pessoa certa, é só você, não há Camron, o que eu sentia por ele é algo tão bobo comparado com o que eu sinto quando eu estou ao seu lado, não é do lado dele que meu coração pulsa loucamente- eu disse em bom e auto som, depois cochichei como uma criança- Talvez. você. não. saiba. mas. eu. estou. apaixonada. por. você. - Eu disse pontuando as palavras lentamente.



Silencio, sorriso, suspiro, tic tac do relógio de pulso, toque do celular.



-Me desculpe, eu não devia ter te contado isso, eu deveria ter ficado quieta, eu exagerei, me des...- E eu recebi o melhor beijo de toda a minha vida.



Ele me soltou, passou a mão em minha face, suspirou e me beijou. Eu tremi, sorri durante o beijo, ele pousou suas mãos suavemente por minha cintura, enquanto eu apoiava meus braços em seu pescoço. Veneza poderia esperar, porque afinal, sonhos tem de ser completos com as pessoas corretas. Porque Veneza, é a cidade do amor, e sem o meu amor, não haveria Veneza para mim.



-Olá, como vão? saudades daqui, sou carente idai? KK enfim tá ai, impressionante, eu tenho mais de vinte textos prontos, mais não eu quebrei a cabeça, para postar isso ai, esse não foi o meu foco principal mesmo! -q Mas eu até que gostei da ideia de Veneza, misturar faz bem. E olhem um texto feliz, talvez eu esteja mais feliz, ou confusa, só estou bem. Mas enfim tá ai amores, obrigada pelos comentários passados, e talvez haverá continuação de Inverno! Mas só talvez, é isso ai, beijos boa semana, e comentem comentem comentem!

4 comentários:

  1. OWN que lindo. Um texto feliz, diferente do que você faz, e MUITO bem feito, parabéns *-* Adorei bells diiiiiva *-*

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  2. OWN *-* que lindo gatinha. amei bells diva (2 parabéns !

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  3. que lindo *-*
    a história é tão linda e você a escreveu super bem :)
    adorei *-*

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  4. lindissimo amiguinha *-* chorei... sério! muito bom bells. te amo s2

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"Não importa quanto vá durar – é infinito agora."